Um passeio pelo Delta do Tigre na Argentina
Tigre é uma cidade super charmosa localizada na Grande Buenos Aires, a 30 km da capital. É um destino imperdível para quem está na cidade de Buenos Aires.
Para chegar a Tigre, você pode optar pelo trem que sai da Estação Retiro, ou ir de barco que sai de Puerto Madero.
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No meu caso, eu fui com o passeio contratado, que é a opção mais prática para quem tem poucos dias em Buenos Aires. Assim, fui de ônibus e voltei de barco.
Nesse post, vou comentar como foi a minha experiência com o passeio. Se você quiser contratar o passeio ao Delta do Tigre, temos 3 opções (clique nos links abaixo):
- >> 1. Delta do Tigre: vai e volta de ônibus, com navegação de 1h pelas ilhas.
- >> 2. Delta do Tigre Premium: vai de ônibus e volta de barco pelo Rio da Prata, com navegação de 1h pelas ilhas.
- >> 3. Delta do Tigre e Rio da Prata com Almoço: vai de ônibus e volta de barco pelo Rio da Prata, com navegação de 1h pelas ilhas, almoço e city tour.
Chegando em Tigre
O ônibus passou cedinho no meu hotel. Saímos às 9h. A viagem é bem curtinha e depois de pegar os demais passageiros do passeio, chegamos lá por volta das 10h30.
Desembarcamos direto no terminal de barcos, a Estação Fluvial Faustino Sarmiento, onde o barco já estava esperando para partir. Subimos e o barco saiu. Tudo bem rápido.
O passeio de barco pelo Delta do Tigre
Eu achei que seria um passeio de barco pelo rio, sem muitos grandes atrativos. Um passeio de barco como aqueles de escuna, que passeamos e avistamos a paisagem.
Quando o passeio começou, o audio-guia iniciou as explicações (em espanhol, inglês e português) sobre a cidade e o Delta del Tigre, formado pelos rios Tigre e Luján.
Logo saindo do porto, pudemos avistar o Parque de la Costa, o maior parque da Argentina. Vimos as pessoas se divertindo nos brinquedos à beira-rio.
Me impressionei com a quantidade de atividade marítima que havia no Delta. Pequenas embarcações como lanchas, yates, barcos, canoagem, remo, jet-skis, iam pra lá e pra cá e cruzavam a nossa lancha diversas vezes.
No Delta era possível ver os restaurantes e casas que ficavam às margens do rio. A construção que mais me chamou a atenção foi o Museu de Arte do Tigre, um mini palácio super estiloso que pudemos avistar do barco.
O passeio continuou para dentro do Delta, seguindo as ramificações do rio, nas chamadas Ilhas do Tigre. Aí foi que o passeio começou a ficar muito interessante. O audio-guia explicou que as pessoas das Ilhas do Tigre vivem em casas à beira-rio e que se locomovem por vias fluviais, ou seja, de canoa e lanchas.
Lá existem lanchas que prestam todos os tipos de serviço: lancha-supermercado, lancha-ambulância, lancha-coleta-de-lixo, lancha-escolar. Todos os serviços em lanchas. As pessoas nas casas constroem pequenos piers para ter acesso aos serviços e para poder descer para suas embarcações. Avistamos muitas pessoas sentadas nos seus piers curtindo a vida, com uma cervejinha na mão e acenando para os barcos de turistas que passavam.
Quando pensamos em pessoas que vivem nas margens do rio e locomovem-se por barco, pensamos logo nos ribeirinhos da Amazônia. Mas lá é diferente. A maioria têm uma condição de vida boa. Existem diversos tipos de casa, das mais simples às mais luxuosas. Conversando com o piloto do barco, ele me disse que cresceu nas ilhas, frequentava a escola e pegava a lancha todos os dias. Depois de adulto, comprou uma casa na cidade do Tigre e manteve sua antiga casa nas ilhas.
Não vou postar todas as fotos das casas que eu adorei, mas vou mostrar algumas para que vocês possam ter uma ideia.
A casa que mais se destacou foi o Casa Museu Sarmiento, antiga residência de descanso do Ex-Presidente da Argentina, Domingo Faustino Sarmiento, entre 1855 e 1877. Ele trouxe melhorias significativas para os moradores das ilhas do Tigre. Depois descobri que é possível visitar o museu.
A casa está coberta por vidro para não se danificar com a ação do tempo. Para chegar lá, só de barco. É possível contratar uma lancha-táxi. O ideal é se informar no porto do Tigre sobre formas de transporte e dias de funcionamento.
Eu fiquei encantada em conhecer as ilhas do Tigre. Eu e todos os turistas que estavam no barco. O passeio pelo delta e ilhas dura aproximadamente uma hora.
Assim, às 11h40 eu estava de volta à estação fluvial. As pessoas que compraram o passeio Delta do Tigre, voltaram com o ônibus.
Eu, em vez de voltar com este passeio, resolvi ficar e pegar o passeio de volta à Buenos Aires pelo Rio de la Plata, saindo do Tigre. O barco só sairia às 16h e então eu resolvi passear.
Passeando pelo Tigre no ônibus turístico
Na própria estação fluvial eu comprei um ticket para o ônibus turístico, que passava pelos principais pontos da cidade. O ônibus permitia que você parasse nas paradas pré-determinadas para visitar. Após a visita, você pode pegar o ônibus de novo, que passa de meia em meia hora nas paradas.
Após comer um hot-dog rápido, saí para me aventurar.
Primeira parada: Parque de La Costa, Casino e Porto de Frutos
Na minha primeira parada, eu tive acesso ao Parque de La Costa, ao Cassino e ao Porto de Frutos.
Eu passei na frente do parque, lotado de pais e crianças de todo o país.
Eu segui para o Cassino, chamado Casino Trilenium. O lugar tem 3 andares, com máquinas e roletas mecânicas, além de lanchonetes. Bacana, mas como eu não ia jogar, só entrei e saí, para conhecer mesmo. Como não pode tirar fotos dentro do Cassino, eu só tirei essa fotinho do lado de fora.
Saí do Cassino e segui para o Porto de Frutos. No meio do caminho, me deparei com essa simpática casinha de waffles, crepes e outras delícias. Quando cheguei perto, me arrependi muito de ter comido o hot-dog. Os crepes eram gigantes, o dobro do tamanho dos nossos crepes no Brasil, com diversos sabores e com extra-recheio. Tinha uma moça comendo, mas fiquei com vergonha de tirar foto do crepe dela.
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Finalmente cheguei no Porto de Frutos. É um mercado que possui muitas lojas. Parece um outlet, com ruas repletas de lojas, mas tudo muito mais simples, na sua maioria artesanato local. Estava lotado de gente. Lugar ideal para comprar lembrancinhas bacanas.
Como o regime não foi o meu forte na minha passagem pelo Tigre, eu comprei um alfajorzinho de maizena para esperar o ônibus agradavelmente. Notem a pequena bomba de doce de leite.
Segunda Parada: Museu de Arte do Tigre
Eu fique muito feliz que o ônibus parava naquele museu lindo que eu tinha visto do barco.
Cheguei lá e estava tendo a exposição de Hernán Dopé, chamada “Barcas, Guerreros y otros mitos”. Eu simplesmente adorei o trabalho dele, com muitas esculturas lindas e pesadas.
Haviam outras paradas que eu não desci. Entre elas, o Museu do Mate, o Museu Naval e o Museu da Reconquista. Mas como meu tempo estava um pouco apertado, eu fui direto para a estação para pegar o barco.
Desci na Estação de Trem e Ônibus do Tigre, para conhecer e poder postar aqui pra vocês. É bem organizado e você pode comprar as passagens lá nos guichês.
Voltando do Tigre para Buenos Aires pelo Rio da Prata
Depois de ter passado o dia passeando no Tigre, estava na hora de voltar. Peguei o barco e fiz o passeio pelo Delta do Tigre e pelas Ilhas do Tigre novamente e seguimos para o Rio da Prata.
A viagem demora 1h30 aproximadamente. O legal é que vamos vendo todas as cidadezinhas costeiras, além de ver a cidade de Buenos Aires desde o Rio. Tem muita vida no Rio. Muitas lanchas, muitos barcos, muita gente nas praias formadas pelo rio.
E, chegando perto de Buenos Aires, você pode contemplar o sol caindo no Rio, com uma vista simplesmente maravilhosa.
O passeio pelo Delta do Tigre é muito bacana, muito diferente. Além do passeio incrível para as Ilhas do Tigre, a cidade é muito charmosa, tem bons restaurantes e bastante lugar pra conhecer e atividade para fazer. Um passeio lindo para ir em casal, ir com os filhos e com os amigos. Ideal para todo mundo! Recomendo para quem já foi à Buenos Aires ou está indo pela primeira vez e busca uma opção de passeio diferente.
Tem diversas combinações: ida de barco, volta de ônibus, ida de trem e volta de barco, ida e volta de ônibus com passeio às ilhas… Tem até passeio de bike que vai pra lá. Opção é o que não falta! 🙂
Fecho o post com a foto que mais gostei, que tirei no caminho de volta a Puerto Madero: o barquinho à vela.